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terça-feira, 17 de março de 2015

Amor ou maldição?



Não esperes de mim nenhuma atitude atrevida
Eu preciso de um convite para entrar na sua vida
Como um vampiro para entrar numa casa
Sou um pássaro ferido que perdeu uma asa.

Não sou príncipe, não tenho cavalo branco nem dote
Já tive um dia, mas não conto mais com a sorte
Sou como um papel rasurado que guarda emoções escondidas
Levo inúmeras cicatrizes e marcas de batalhas perdidas.

Converso com a lua, com as estrelas e conto marés
Diluí todas as mágoas, mas ainda lembro de cada revés
Já caminhei demais na corda bamba sem protecção de rede
Vagueei em inóspitos desertos morrendo de sede.

Não creio mais em promessas, declarações e assinaturas
Por favor, poupa-me das tuas decoradas e instáveis juras
Não menciones uma luz no meio de toda esta escuridão
Se não puderes gerá-la com convicção do fundo do teu coração.

Não fales a palavra mágica se não tiveres a plena certeza
Não provoques a força mais incontrolável da natureza
Ela já me levou ao paraíso e ao inferno mais profundo
Já me fez quase implorar para não pisar mais neste mundo.

Eu já me podei como a primavera mas ainda não gerei nova flor
Os espinhos ficaram e me lembram todo dia da velha companheira dor
Para mim a Fénix ainda é um mito, uma lenda esquecida do passado
Se tiveres a certeza do que sentes e queres, prova-me que estou enganado.

Na verdade, para te ser totalmente sincero,
És tudo, absolutamente tudo que mais quero
Não te apresses, ignora o meu pranto, eu já esperei tanto
Quebra a maldição, com o teu doce e irresistível encanto
Ganso Selvagem (Rui Moreira)

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