Amor Predestinado

Hoje eu queria-te beijar muito, intensamente, sem pudor
Gritar aos quatro ventos a afirmação deste imenso Amor
Queria-te abraçar para sentir o teu coração no meu peito
Entregar-me totalmente a ti, por inteiro, de qualquer jeito.

Hoje eu queria que o tempo congelasse neste instante
Nem a eternidade para nós e a nossa história é o bastante
Queria-me perder nos teus olhos e me achar nos teus braços
Atar as nossas pontas soltas e solitárias em perfeitos laços.

Queria reduzir o universo a este momento, a nós
Desbravar o teu corpo inteiro, da nascente a foz
Provar e me deliciar em cada um dos teus sabores
Pontilhar o teu caminho com pétalas das mais exóticas flores.

Queria fazer-te subir pelas paredes, perder a sanidade
Sentir o mais intenso prazer, a suprema felicidade
Colocar em erupção esse imenso vulcão adormecido
Exacerbar a níveis estratosféricos da tua doce libido.

Queria eternizar cada ínfimo átomo ao teu lado
Tornar cada mais simples gesto nosso encantado
Estar a cada dia infinitamente mais apaixonado
Desfrutar ilimitadamente este Amor predestinado.

Ganso Selvagem (Rui Moreira)