Tu sempre estiveste presente nas entrelinhas
Nas palavras não ditas, sufocadas e tão minhas
Nos meus sonhos e desejos não tão secretos
Nos meus passos vacilantes e aparentemente incertos.
Mesmo sem admitir, tu sempre foste o meu norte
Meu talismã, trevo de quatro folhas, amuleto da sorte
A nascente e fonte de toda a minha inspiração
A musa de qualquer verso, poema ou canção.
Objecto de todos os meus pensamentos de Amor
O nome que o vento chama em seu saudoso clamor
O único rosto que enxergo em qualquer multidão
Antídoto exclusivo e específico para a minha solidão.
A resposta perfeita para todos os meus questionamentos
A presença imprescindível em todos os momentos
O tempero exacto para o meu exigente paladar
Todas as conjugações, formas e tempos do verbo Amar.
A personificação de tudo que eu sempre quis
Alicerce principal de uma existência feliz
Preenches todas as minhas lacunas, hiatos e frestas
Somente para ti as minhas portas sempre estarão abertas.
Ganso Selvagem (Rui Moreira)
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