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domingo, 10 de abril de 2016

Amor indefinido

Até hoje, não conseguimos definir o que sentimos
Naqueles breves momentos vividos em teus braços,
Nos quais, de forma mágica e de profundo desejo,
Senti-me, com carinho, envolvido em teu abraço,
Levado para os nossos recantos, onde nos abstraímos.

Mistura de sentimentos, de luxúria, volúpia, tesão,
Que culminam em momentos de completa loucura,
Quando me tomaste nas mãos e entre infindos beijos
Confessaste-me que enfim atendias à infinita procura
Empreendida por toda a vida, repleta de emoção.

Talvez, quem sabe, tenha sido o clamor da tua alma,
Além do teu corpo, a flor de tua pele que me inebria
Com o suave odor que dela irradia e repleta de ensejos,
Ou, quem sabe, até mesmo a candente e vibrante poesia
Inscrita nos detalhes do teu corpo que leio com a palma.

Por certo, o que sei é que vivemos com intenso ardor
O tudo desfrutado por ambos, nesta troca de sabores,
De carícias degustadas por ambos, cheios de desejos,
Deitados nos lençóis do teu leito que nos acolhe entre flores
E define que todo este encantamento se chama amor.
Ganso Selvagem (Rui Moreira)

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