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quarta-feira, 11 de maio de 2016

O teu silêncio ensurdecedor




Nestes momentos em que me quedo só, silente,
Em que me introspecto nas minhas lembranças
De um tempo vivido que agora se mostra distante,
Quase como se não desfrutado em tantas andanças
Que andei pela vida, preservadas na minha mente.

Caminhei por vezes só, por ruas estreitas revestidas
De macadames frios, iluminadas pela luz de postes,
Fulgores que reflectiam as cores que, horas antes,
Refulgiram o brado e o clamor das tantas hostes,
Que com apupos me induziam a persistir naquela lida.

Em sonhos, por tantas vezes mesclados a pesadelos,
Divaguei pelos meandros de teu corpo, de tua face,
Dos tanto detalhes que te tornaram minha amante,
Por tempo julgado infindo sem que me propiciasse
O enlevo de te encontrar, que ouvisse os teus apelos.

Hoje, quando me resta o som de teu silêncio somente,
Cessados os teus sussurros proferidos aos meus ouvidos,
Juras de amor juradas neste encontro de semblantes,
Ao expressar através de teus pungentes gemidos,
Que és minha, mesmo que nos delírios da minha mente!

Ganso Selvagem (Rui Moreira)

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